Maximilien de Robespierre (Português)
Entrando no Serviço Público
Robespierre logo assumiu um papel público, clamando por mudanças políticas na monarquia francesa. Ele se tornou um devoto do filósofo social Jean-Jacques Rousseau, intrigado com a idéia de um homem virtuoso que fica sozinho acompanhado apenas de sua consciência. Ele ganhou a reputação de defender os mais pobres da sociedade e ganhou o apelido de “o incorruptível” por sua adesão a valores morais rígidos.
Aos 30 anos, Robespierre foi eleito para os Estados Gerais da legislatura francesa. Ele se tornou cada vez mais popular entre o povo por seus ataques à monarquia francesa e sua defesa por reformas democráticas. Ele também se opôs à pena de morte e à escravidão. Alguns de seus colegas consideraram extrema e impraticável sua recusa em transigir e sua postura rígida contra todas as autoridades. Depois de um tempo, ele deixou a legislatura para empurrar sua agenda para fora do governo.
Revolucionário ou louco?
Em abril de 1789, Robespierre foi eleito presidente da poderosa facção política jacobina. Um ano depois, ele participou da redação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, fundamento da constituição francesa. Quando o povo de Paris se levantou contra o rei Luís XVI em agosto de 1792, Robespierre foi eleito para chefiar a delegação de Paris à nova Convenção Nacional. Em dezembro daquele ano, ele defendeu com sucesso a execução do rei e continuou a encorajar as multidões a se rebelarem contra a aristocracia.
Em 27 de julho de 1793, Robespierre foi eleito para o Comitê de Segurança Pública, formado para supervisionar o governo com controle virtual ditatorial. Diante de pressões externas e internas, o governo revolucionário instituiu o Reino do Terror em setembro. Nos 11 meses seguintes, 300.000 suspeitos de serem inimigos da Revolução foram presos e mais de 17.000 executados, a maioria por guilhotina. Na orgia de derramamento de sangue, Robespierre foi capaz de eliminar muitos de seus oponentes políticos.
Aparentemente intoxicado com o poder sobre a vida e a morte, Robespierre pediu mais expurgos e execuções. No verão de 1794, muitos no governo revolucionário começaram a questionar seus motivos, já que o país não era mais ameaçado por inimigos externos. Uma coalizão estranha de moderados e revolucionários se formou para se opor a Robespierre e seus seguidores.
Morte
Em 27 de julho de 1794, Robespierre e muitos de seus aliados foram presos e levados para a prisão. Ele conseguiu escapar com a ajuda de um carcereiro simpático e se escondeu no Hôtel de Ville (Prefeitura) em Paris. Ao receber a notícia de que a Convenção Nacional o havia declarado fora da lei, ele tentou suicídio, mas só conseguiu ferir o maxilar. Pouco depois, tropas da Convenção Nacional invadiram o prédio, apreenderam e prenderam Robespierre e seus seguidores. No dia seguinte, ele e 21 de seus aliados foram executados na guilhotina.