Os probióticos podem causar efeitos colaterais?
Embora tomar probióticos possa fornecer vários benefícios, também pode causar efeitos colaterais, incluindo:
Sintomas digestivos
Ao usar probióticos pela primeira vez, algumas pessoas apresentam gases, inchaço ou diarréia. Alterações na microbiota intestinal podem resultar na produção de mais gases pelas bactérias do que o normal, o que pode causar inchaço.
No entanto, esses efeitos colaterais geralmente desaparecem alguns dias ou semanas após a ingestão dos probióticos. Se os sintomas persistirem, fale com um médico, que pode explorar as possíveis causas. Em alguns casos, o médico pode recomendar a troca para um probiótico diferente.
Problemas de pele
Em casos raros, os probióticos podem causar erupções cutâneas ou coceira.
Autores de uma revisão de 2018 descobriu que dois participantes do estudo que tomaram probióticos para tratar IBS relataram uma erupção cutânea com coceira como um efeito colateral. Isso levou um participante a desistir do ensaio.
Se ocorrer uma erupção na pele ou coceira intensa, pare de usar o probiótico. Verifique o rótulo do produto para quaisquer alérgenos possíveis e consulte um médico se a erupção for grave, persistente ou acompanhar outros sintomas preocupantes.
Depois que a erupção passar, uma pessoa pode tentar um produto ou cepa diferente de probiótico.
Risco de alergia
Qualquer pessoa com alergia ou intolerância a glúten, soja, ovos, laticínios ou lactose pode precisar ter cuidado ao escolher probióticos.
Como acontece com qualquer suplemento, sempre verifique as listas de ingredientes para garantir que não haja risco de uma reação alérgica. Alguns fabricantes oferecem probióticos livres de alérgenos.
Qualquer pessoa que apresentar sintomas de uma reação alérgica deve parar de usar o probiótico imediatamente. Procure atendimento médico se a reação for grave.
Aumento do risco de infecção
Embora os probióticos sejam geralmente seguros para uso, os resultados de uma revisão de 2017 sugerem que crianças e adultos com doenças graves ou sistemas imunológicos comprometidos devem evitar o uso de probióticos. Algumas pessoas com essas condições tiveram infecções bacterianas ou fúngicas como resultado do uso de probióticos.
Se uma pessoa tem uma doença que afeta seu sistema imunológico, ela deve falar com seu médico antes de tomar probióticos.
Além disso, qualquer pessoa que use medicação antifúngica deve esperar até que a infecção desapareça antes de tomar probióticos.
Crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado (SIBO)
Os intestinos delgado e grosso geralmente contêm diferentes tipos de bactérias. SIBO ocorre quando as bactérias do intestino grosso começam a crescer no intestino delgado.
O intestino grosso contém predominantemente bactérias anaeróbias, que não requerem oxigênio e vivem da fermentação de carboidratos indigestíveis de alimentos vegetais à medida que passam por eles o intestino.
Os sintomas da SIBO são semelhantes aos da SII, incluindo gases, distensão abdominal e diarréia. SIBO também pode causar confusão cerebral e problemas de memória de curto prazo.
Nem todo mundo com IBS tem SIBO, mas o crescimento excessivo é mais comum em pessoas com IBS. SIBO também se desenvolve freqüentemente em mulheres mais velhas.
Os especialistas não entendem completamente o que causa o crescimento excessivo, mas pode resultar da redução da motilidade intestinal, que retarda a passagem do alimento através do intestino. Isso pode fazer com que os carboidratos fermentáveis permaneçam no intestino delgado por mais tempo.
Os resultados de um estudo de 2018 indicam uma possível ligação entre o SIBO e a suplementação de probióticos em pessoas com neblina cerebral. Os pesquisadores descobriram que os sintomas melhoraram quando os participantes pararam de tomar probióticos e começaram a tomar antibióticos.
Qualquer pessoa com sintomas de SIBO deve consultar um médico.
Resistência aos antibióticos
Raramente, bactérias probióticas podem conter genes resistentes a antibióticos. Eles podem transmitir esses genes para outras cepas de bactérias, incluindo as cepas prejudiciais que causam infecções.